Segundo disse à Lusa fonte do gabinete da secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, "as aplicações informáticas de processamento de remunerações geridas pela Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública, I. P. (eSPap) encontram-se devidamente atualizadas e adaptadas ao processamento das remunerações com os valores legalmente previstos".
Porém, a mesma fonte não garante que a totalidade dos pagamentos das valorizações salariais seja feita já este mês nas entidades não abrangidas pela eSPap, como é o caso das escolas que têm um sistema de processamento diferente.
"O processamento dos acertos remuneratórios depende de cada uma das entidades processadoras das remunerações", salienta o gabinete.
O decreto-lei que aprova as medidas de valorização remuneratória de trabalhadores em funções públicas foi publicado em 26 de julho e produz efeitos a 01 de janeiro de 2022.
O universo de trabalhadores abrangidos é superior a 40 mil, envolvendo uma verba anual perto dos 40 milhões de euros, refere o gabinete.
Em causa está um aumento em 47,55 euros (para 757,01 euros) nos salários de ingresso na carreira de assistente técnico, uma subida em 52 euros nas duas primeiras posições da carreira dos técnicos superiores (para 1.059,59 euros e 1.268,04 euros, respetivamente), além de uma valorização em cerca de 400 euros para os doutorados (para 1.632,82 euros).
Os salários dos trabalhadores da administração pública começam a ser pagos ao dia 20 de cada mês, segundo o aviso publicado em maio pelo IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida.