O Grupo Dançando com a Diferença apresentou ontem publicamente o projeto “CAO Artístico – Arte em Mobilidade”, destinado a pessoas com e sem deficiência, numa parceria com a secretaria regional da tutela.
O projeto surge na sequência da atribuição da menção honrosa do Prémio BPI CAPACITAR 2016, tendo sido criada uma parceria com a Secretaria Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, que tutela os Centros de Atividades Ocupacionais (CAO), no sentido de alguns utentes terem acesso a este projeto-piloto.
Integram o Grupo Dançando com a Diferença pessoas com e sem deficiência, tendo o diretor artístico, Henrique Amoedo, destacado ontem que o projeto pretende levar a dança inclusiva aos CAO, fornecendo uma nova "fornada de bailarinos e utilizando a dança para transformar as pessoas em pessoas melhores".
A responsável da tutela, Rubina Leal, explicou que, por agora, serão três os centros a usufruir do projeto: Santo António e São Pedro, no Funchal, e o da Ponta do Sol.
"A partir do momento em que tivemos os CAO integrados na Segurança Social, era nossa intenção ir um pouco mais longe e fazer disto a verdadeira inclusão", afirmou a governante, realçando a necessidade de serem trabalhadas "competências".
A secretária regional anunciou ainda que, até ao final do mês, os CAO terão mais transportes ao dispor, já que o executivo adquiriu mais três carrinhas de transporte.
"Foram 136 mil euros e já estão devidamente adaptadas e chegarão até ao final do mês, numa forma de promover a inclusão e apoiar as famílias que têm familiares que estão dependentes", disse.
O projeto "CAO Artístico – Arte em Mobilidade" será realizado durante todo o ano de 2017, com a constituição de grupos de dança inclusiva, realizados workshops temáticos destinados às pessoas com e sem deficiência.
É intenção do projeto que no final do ano seja constituído um novo núcleo de jovens que apresentarão um espetáculo final e que depois integrarão, como estagiários, o elenco do Dançando com a Diferença.
LUSA