“Esta cimeira será um bom momento para fazer o balanço do programa estratégico de cooperação, que já terminou, e também para trabalharmos e perspetivarmos o futuro”, disse Francisco André.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação (SENEC) português falava em Maputo, após um encontro com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Manuel Gonçalves, para preparação da cimeira.
Segundo referiu, o novo programa de cooperação entre os dois países, a ser discutido também na cimeira, vai focar-se na educação, saúde e ambiente, consideradas “áreas fundamentais”.
O governante português avançou ainda que a cimeira deverá igualmente “avaliar e sublinhar” a cooperação militar entre Moçambique e Portugal, visando, principalmente, “expressar a total e inequívoca solidariedade” face à ameaça terrorista no norte de Moçambique.
“Queremos que seja uma cimeira com bastante conteúdo e que demonstre bem este relacionamento que ambos os países qualificam de excelente ao nível diplomático, político e económico”, referiu.
Questionado pelos jornalistas, o SENEC não quis confirmar as datas, no entanto, o moçambicano Mateus Magala, na qualidade de vice-presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), disse à Lusa, em maio, que o encontro vai decorrer entre 11 e 13 de julho.
A iniciativa servirá também para lançar o Compacto Lusófono, programa através do qual Portugal disponibiliza garantias financeiras de 400 milhões de euros para investimentos nos países africanos lusófonos – mas, entretanto, Magala foi nomeado ministro dos Transportes e Comunicações.
A cimeira bilateral entre Portugal e Moçambique esteve marcada para 04 e 05 de novembro de 2021, mas foi adiada devido ao chumbo do Orçamento do Estado para 2022 português, que levou à dissolução do parlamento e à convocação de eleições legislativas antecipadas.