Segundo o Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN), medido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o preço dos materiais e o custo da mão de obra apresentaram, respetivamente, variações homólogas de 20,5% e de 5,8%.
O aumento homólogo do ICCHN registado em abril é o mais elevado desde janeiro de 2001, segundo os dados da série disponibilizada pelo instituto estatístico, sendo este o segundo mês consecutivo com uma subida de dois dígitos.
O custo dos materiais contribuiu com 11,9 p.p. para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN (8,9 p.p. em março), indica o INE, acrescentando que “a componente mão de obra reduziu a sua contribuição para 2,4 p.p. (2,7 p.p. no mês anterior)”.
Entre os materiais que mais contribuíram para esta evolução estão os aços e os produtos cerâmicos, com crescimentos homólogos acima dos 60%.
Já o gasóleo, as obras de carpintaria e os aglomerados e ladrilhos de cortiça apresentaram crescimentos homólogos acima dos 30%.
Em abril, a taxa de variação mensal do ICCHN foi 3,3%, com o custo dos materiais e o custo da mão de obra a aumentarem 5,4% e 0,2%, respetivamente.
As componentes materiais e mão de obra contribuíram com 3,2 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente, para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN (2,7 p.p. e 0,2 p.p. em março, pela mesma ordem).
O Índice de Custos de Construção de Habitação Nova é uma estatística derivada que tem como objetivo medir o custo de construção de edifícios residenciais em Portugal.
Lusa