De acordo com as mesmas informações, um míssil Iskander russo alcançou um campo de tiro do exército, matando várias pessoas, tendo sido registados ainda outros ataques na região de Dnipro, a quarta cidade mais populosa da Ucrânia, durante a noite passada.
O comandante militar da região, Gennadi Korban, também confirmou uma intensificação dos bombardeamentos em toda a região, para além dos ataques que têm sido feitos ao longo de toda a frente oriental no Donbass.
Segundo o Alto Comando do exército ucraniano, que divulgou hoje um relatório, as forças russas voltaram a atacar a cidade de Solviansk, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, onde continuam a disparar contra as unidades ucranianas, a lançar mísseis e a reagrupar tropas.
Na direção nordeste, o exército russo continua a fazer pressão na cobertura da fronteira entre a Ucrânia a Rússia, nas regiões de Briansk e Kursk, tendo sido destacados dois grupos táticos do batalhão das forças aéreas russas, de acordo com os militares.
Ainda segundo o lado ucraniano, as forças russas continuam manobras para manter o controlo sobre a região de Kherson, aumentando o número de ataques às unidades ucranianas, realizando reconhecimentos aéreos, fortificando posições e reforçando as tropas através de transferências de unidades de reserva.
A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito superior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas – mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,6 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.