Seabra acredita que a próxima temporada será mais estável e deverá permitir ao Marítimo atingir uma posição mais cimeira que a deste ano, reconhecendo as dificuldades de um projeto que não se constrói de «um dia para o outro».
«As últimas épocas foram muito difíceis (para o Marítimo). Mas acredito que o Marítimo tem uma dimensão que o permite, logo que tiver estruturado, porque o futebol precisa de sustentabilidade, conquistar melhores resultados. O Marítimo esta a fazê-lo e tem ambição por lutar pelos primeiros 8 lugares. Tem adeptos fervorosos», disse o treinador do Marítimo no programa Futebol Total.
Vasco Seabra mostrou-se «surpreendido com os adeptos», dizendo que «a insularidade obrigou que sejam uma gente que quer muito vencer e se afirmar». O técnico de 38 anos espera que a ligação com os adeptos continue forte e espera ter «um grande apoio no ‘Caldeirão’».
Sobre o mercado de transferências, Vasco Seabra, confessou que o Marítimo terá necessidade de se reforçar e, em simultâneo, terá de se preparar para perder mais alguns atletas. Nomes como o de Cláudio Winck e Matheus Costa, que já teriam recebido propostas no passado mercado de inverno. «O Marítimo deverá ir ao mercado. Há muitas ofertas por alguns jogadores. O Winck é um jogador cobiçado, é um jogador com um mercado grande, assim como o Matheus Costa, ambos foram cobiçados no mercado de janeiro. (Sobre os reforços) Nós queremos jogadores jovens portugueses com ambição que poderão acrescentar valor, confiamos nos jogadores que temos, mas queremos melhorar a qualidade e para isso temos de ter mais jogadores. O clube os consegue crescer se conseguir criar um mercado de venda e compra de jogadores, queremos criar competitividade e se alguém tiver que sair sairá. Queremos reforçar a equipa ‘B’ também. Queremos que isso seja apelativo para os jogadores que as vezes têm que dar um passo atrás e ir para uma equipa ‘B’, porque sabem que também estarão muito perto de subir à equipa principal na primeira liga se demonstrarem qualidade», disse Seabra.
Outro tema que marcou a entrevista, foi a insularidade e dificuldade na contratação de jogadores: «É óbvio que dificulta (a insularidade) porque te obriga a deslocar e por vezes a ‘malta’ fica um pouco receosa. Eu, por experiência própria, acho extraordinário viver na ilha da Madeira, recebem muito bem e o Marítimo está a ser muito acarinhado».
Outra frase marcante de Vasco Seabra foi: «Não vamos permitir que o razoável seja bom no Marítimo». O técnico dos verderubros mostrou-se confiante no projeto do clube referindo ainda que «queremos ser protagonistas em termos de Marítimo, queremos que os próprios jogadores percebam o patamar que o Marítimo deve estar».
Já sobre o avançado madeirense Henrique Araújo, que até passou pela formação dos insulares na sua juventude, o técnico do Marítimo assumiu ser «difícil» um possível empréstimo do jovem avançado, mas disse que «é óbvio que gostávamos muito».