O secretário dos Assuntos Parlamentares e Europeus da Madeira afirmou ontem que acabou o "tempo das grandes obras públicas", devendo ser concentrados esforços na conservação das estruturas existentes e na retoma das obras suspensas devido às dificuldades económicas.
"Não podemos voltar ao tempo das grandes obras públicas, esse tempo passou", declarou Sérgio Marques, no decorrer da visita às obras de requalificação no centro da cidade de Santana.
O governante insular defendeu que os esforços dos responsáveis do executivo madeirense têm de "concentrar-se no que é mais prioritário", nomeadamente em intervenções "de média dimensão, de requalificação daquilo que existe".
O responsável destacou a importância de apostar na "manutenção e conservação do parque infraestrutural" que foi executado na região e na "retoma de obras que estavam suspensas, onde já se havia gasto muito dinheiro e que era também importante canalizar recursos para a conclusão dessas obras".
Considerou que a intervenção que está a decorrer no centro da cidade de Santana é exemplo desta prioridade do executivo madeirense liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.
O responsável acrescentou que este é um projeto que vai ter um custo total na ordem dos 3,4 milhões de euros, sendo uma obra financiada pelo Fundo de Coesão Nacional.
O secretário regional explicou que este projeto tem por objetivo criar "uma sala de visitas" para a cidade, prevendo o projeto a criação de uma zona de fruição para atividades culturais, nomeadamente o programa do festival de folclore "24 horas a bailar" que se realiza naquela localidade e é "um evento emblemático de Santana".
Adiantou que a intervenção também vai dotar a cidade de um espaço público que ficará disponível para a população residente e turistas, incluindo o projeto de um parque infantil, a requalificação e reorientação do trânsito local e a criação de estacionamentos cobertos.
"O propósito do Governo regional com esta obra é tornar a cidade de Santana mais atrativa para os madeirenses e turistas", sublinhou, mencionando que a obra deverá ficar concluída "nos próximos meses".
Lusa