Na entrevista ao jornal italiano Il Corriere della Sera, Francisco disse sentir que não deve ir a Kiev antes de se deslocar a Moscovo, apesar dos convites dos ucranianos.
“Primeiro, tenho de ir a Moscovo, primeiro tenho de me encontrar com Putin", disse o chefe da Igreja Católica, citado pela agência francesa AFP.
Francisco disse que telefonou ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro, mas não falou com Putin.
“Falei com ele em dezembro, no meu aniversário, mas desta vez não telefonei”, disse o Papa argentino.
Francisco contou que após 20 dias de guerra, pediu ao secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, para enviar uma mensagem a Putin de que estava disposto a deslocar-se a Moscovo.
“Ainda não recebemos uma resposta e continuamos a insistir, mesmo temendo que Putin não possa e não queira ter esta reunião agora”, acrescentou.
A guerra na Ucrânia entrou hoje no 69.º dia, mas desconhece-se o balanço de vítimas civis e militares, que diversas fontes, incluindo a ONU, afirmam que será muito elevado.
A ONU confirmou a morte de mais de 3.000 civis e a fuga de mais de 5,4 milhões de pessoas para outros países.
A invasão russa da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que decretou sanções económicas contra a Rússia e tem fornecido armamento às forças ucranianas.