A secretária do Tesouro, Janet Yellen, deverá anunciar essa ajuda de cerca de 460 milhões de euros hoje ao primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, durante uma reunião presencial em Washington.
A ajuda norte-americana deverá permitir a Kiev manter o funcionamento do Estado, incluindo o pagamento de salários e pensões, e evitar um agravamento da situação humanitária na Ucrânia, detalhou o responsável do Tesouro norte-americano.
Esta ajuda terá de ser aprovada pelo Congresso, antes de ser libertada, o que se pretende que aconteça o mais rapidamente possível, face às necessidades urgentes.
A Ucrânia tem sofrido danos económicos significativos com a destruição de infraestruturas, as empresas paralisadas ou com atividade reduzida. O conflito está também a afetar gravemente o importante setor agrícola.
As autoridades ucranianas comunicaram ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que precisam de cerca de cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros) por mês para manter a economia do país a funcionar, referiu na quarta-feira a diretora-geral da instituição, Kristalina Georgieva.
O FMI espera que o PIB ucraniano contraia 35% este ano.
O secretário-adjunto do Tesouro, Wally Adeyemo, também deverá estar presente na reunião de hoje, bem como o ministro das Finanças ucraniano, Sergei Marchenko, que pôde participar na reunião do G20 na quarta-feira, embora a Ucrânia não seja membro.
O Presidente Joe Biden também deverá falar hoje sobre a ajuda à Ucrânia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.