O Presidente do Governo Regional da Madeira anunciou hoje um investimento de 24 milhões de euros na área da energia, com a criação de uma estação que irá recorrer à água para produção de eletricidade.
"Vamos fazer agora um investimento importantíssimo em energia hídrica que é a central do Pico da Urze (no concelho da Calheta) onde, só nesse investimento, vamos despender 24 milhões de euros e isso vai fazer com que a região passe a aumentar para 40% a sua quota de energia renovável na produção de eletricidade" afirmou Miguel Albuquerque, durante a inauguração da subestação dos Prazeres, também no concelho da Calheta.
O objetivo do executivo é aumentar a produção elétrica com recurso às energias renováveis, cumprindo as metas sugeridas pela União Europeia.
"Posteriormente, até 2020 e com um esforço acrescido na substituição de baterias, quer na eólica quer na hídrica, podemos e devemos chegar aos 50%", disse.
A Madeira não tem muitos cursos de água aproveitáveis para criação de eletricidade, o que a faz recorrer a combustíveis fósseis, mas o presidente do Conselho de Administração da Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM), Rui Rebelo, revelou que o número tem aumentado.
"Aproveito a oportunidade para informar que a componente renovável no ano que agora findou atingiu 30% do total da energia produzida na região, percentagem máxima conseguida até ao momento, satisfazendo na totalidade o consumo residencial e agrícola da região", disse.
Há algumas estações que conseguem reaproveitar água para criação de energia elétrica, como o caso da hídrica da Calheta que em breve será aumentada.
"Apesar deste importante desempenho, no contexto de uma rede isolada de pequena dimensão, o grupo EEM está fortemente empenhado na maximização do aproveitamento das energias renováveis, razão pela qual já se encontra em andamento um novo ciclo, envolvendo a ampliação do sistema hidroelétrico reversível da Calheta", afirmou.
A nova subestação dos Prazeres, no valor de mais de 1,5 milhões de euros, substituiu a anterior que se encontrava obsoleta e, de acordo com a empresa, tem "um impacto direto e positivo na zona oeste da ilha, face ao previsível aumento da procura".
Lusa