Os 36 visados são 21 diplomatas belgas e 15 holandeses (14 funcionários da embaixada em Moscovo e um do consulado geral holandês em São Petersburgo), de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Os diplomatas expulsos terão de deixar a Rússia nas próximas duas semanas, adiantou a mesma fonte.
A diplomacia russa também referiu ter convocado hoje o embaixador do Luxemburgo para “protestar firmemente” contra a expulsão de um diplomata russo por este país.
A Rússia “reserva-se o direito de tomar medidas de retaliação” por essa expulsão “hostil e infundada”, avisou o ministério, no comunicado.
O ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Wopke Hoekstra, disse “lamentar” a decisão de Moscovo, acrescentando que ficará à espera para “ver quais serão as consequências de tantos diplomatas abandonarem Moscovo e São Petersburgo”.
Nas últimas semanas, muitos outros países europeus, incluindo Portugal, Alemanha, França, Itália e Espanha expulsaram centenas de diplomatas russos, sobretudo depois de serem conhecidas as imagens da cidade de Bucha (nos arredores da capital ucraniana, Kiev), onde foram encontrados dezenas de corpos nas estradas ou em valas comuns, alguns com as mãos atadas atrás das costas, depois de as tropas russas abandonarem a zona.
Em alguns casos, as expulsões foram oficialmente justificadas com a invasão da Ucrânia pelas forças russas e os abusos de que são acusadas, noutras foram acompanhadas de acusações de espionagem.
Moscovo prometeu responder a cada uma das expulsões.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Lusa