“Hoje, infelizmente, passou-se mais um episódio nojento na nossa sociedade e no nosso desporto, por isso é que continua como está. Mas, continuamos a ser hipócritas o suficiente para dizer que não somos um país racista”, escreveu o jogador de 20 anos nas redes sociais.
Cruz saiu em cima da hora de jogo na visita aos vilacondenses, que ascenderam à liderança do segundo escalão, e há gritos audíveis na transmissão televisiva do encontro.
“Pior é saber que uma massa associativa apoia um clube que está cheio de profissionais ‘pretos’, mas ousam chamar-me ‘preto’”, denunciou.
À Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), exige “medidas severas para com este incidente”, e que o Rio Ave “jogue à porta fechada durante muito tempo”.
“Que este episódio seja para refletir e saber que somos muito melhores que isto. E que as campanhas de ‘Racismo Não’ [da LPFP] acabem. Porque é só para fechar os olhos, porque continuam tantos racistas por Portugal fora”, acrescentou.
Sandro Cruz é internacional sub-17 e sub-16 por Portugal, tendo começado no Sporting de Braga antes de chegar ao Benfica em 2014, para os sub-15. Tem 35 jogos pela equipa B dos ‘encarnados’.