Antão tinha completado 101 anos em 14 de março e morreu no sábado, com os ‘dragões’ a lembrarem “um dos grandes nomes da cultura da cidade Invicta e de Portugal” e a apresentarem condolências à família.
O clube ‘azul e branco’ não divulgou informações sobre as cerimónias fúnebres.
Além da ligação aos ‘dragões’, que também se fez sentir na colaboração com o jornal O Porto, um órgão oficial do emblema durante o século XX, foi uma figura presente da cidade.
Foi autor das Marchas de São João e dirigiu o programa radiofónico satírico “A Voz dos Ridículos”, tendo recebido a medalha de Mérito-Ouro da Câmara do Porto e uma homenagem pela freguesia de Ramalde, de onde é natural.
Também foi agraciado pela Presidência da República, com a Ordem de Mérito Nacional, atribuída então por Jorge Sampaio, e pela Sociedade Portuguesa de Autores.
Nasceu em Ramalde em 14 de março de 1921 e o historiador Hélder Pacheco descreveu-o, numa crónica publicada no ano passado no Jornal de Notícias, como um “portista indefetível e portuense indestrutível”, bem como um “impulsionador das Causas de Bem Fazer” na cidade.
“Brecht dizia: os homens que lutam toda a vida são imprescindíveis. Um conheço eu a quem o retrato se aplica na perfeição”, escreveu o historiador, referindo-se a João Manuel Antão.