Em comunicado, a Polícia sudanesa disse que até ao momento foram recuperados "13 cadáveres dos 23 mortos que se afogaram no Nilo Azul" na província de Sennar, a sul da capital, Cartum.
Segundo a mesma fonte, na embarcação seguiam 29 pessoas e apenas seis sobreviveram.
Todos os passageiros eram mulheres, exceto o capitão, que sobreviveu.
As autoridades continuam à procura dos outros 10 cadáveres, mas admitem que a lentidão das operações se deve à “ausência de equipas de resgate no rio”.
As mulheres eram trabalhadoras ao dia nas plantações de tomate da região de Souki e estavam a regressar a casa quando o barco se afundou.
Segundo o comunicado da polícia, a causa do acidente foi "o excesso de passageiros e a velocidade do vento, o que provocou que o barco se virasse.
O Nilo Azul é uma rota importante para passageiros e mercadorias no Sudão e junta-se ao Nilo Branco a norte de Cartum, onde ambos formam o Nilo, um dos rios mais longos do mundo.
Este tipo de acidentes com embarcações sobrelotadas não é incomum no país africano, devido ao mau estado dos barcos e ao facto de as medidas de segurança não serem muitas vezes cumpridas.
Em 2018, pelo menos 22 pessoas – 21 alunos e uma mulher – morreram quando a embarcação em que seguiam se afundou no Nilo, no Sudão.