O CICV refere em comunicado que “está pronto para agir como um intermediário neutro para facilitar o diálogo entre as partes” sobre as questões humanitárias.
"O tempo está a esgotar-se para as centenas de milhares de pessoas presas na luta. A história julgará com horror o que está a acontecer em Mariupol, se nenhum acordo for alcançado o mais rápido possível entre as partes", vinca o texto.
O presidente do CICV, Peter Maurer, refere no comunicado que aquela organização convoca “todas as partes envolvidas na luta” para que “deem prioridade aos imperativos humanitários", para segurança de centenas de milhares de moradores que estão retidos na cidade portuária, que foi submetida a bombardeamentos pelas forças russas.
"O sofrimento humano é imenso", adianta o comunicado, acrescentando que a população – e os próprios elementos do CICV -, é forçada a refugiar-se em abrigos subterrâneos sem aquecimento e arrisca a vida em breves saídas para procurar comida e água.
O responsável pelas operações do CICV na cidade, Sasha Volkov, disse que "o som da guerra é constante".
A organização pede "um acordo preciso, funcional e imediato, para que os civis que desejam sair possam colocar-se em segurança e para que a ajuda vital possa alcançar aqueles que não podem ou não querem sair".
Para que os corredores humanitários funcionem, o CICV insiste que os beligerantes devem concordar com as modalidades, os horários e as localizações definidas.
“Também é importante que as partes limpem as passagens de qualquer obstáculo", conclui.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.