Em comunicado, a organização indica que a reunião do Conselho do Atlântico Norte – o principal organismo de decisão política da NATO, no qual cada país membro tem assento – será presencial, no quartel-general da Aliança, e será presidida pelo secretário-geral, Jens Stoltenberg.
Hoje mesmo, durante uma visita à Polónia, Stoltenberg acusou o Presidente russo de ter destruído a paz na Europa, mas disse que a Aliança não vê necessidade de alterar o seu nível de alerta de armas nucleares, apesar das ameaças de Vladimir Putin.
“Faremos sempre o que for preciso para proteger e defender os nossos aliados, mas não pensamos que haja qualquer necessidade agora de alterar os níveis de alerta das forças nucleares da NATO”, disse Stoltenberg.
O Kremlin iniciou a invasão da Ucrânia na quinta-feira e hoje atingiu o centro da cidade ucraniana de Kharkiv, a segunda maior do país.
A Rússia lançou o espetro de uma guerra nuclear, anunciando na segunda-feira que as suas forças, em terra, no ar e no mar, estavam em alerta máximo, seguindo uma ordem dada no fim de semana por Putin.
A NATO em si não dispõe de armas nucleares, mas três dos seus membros têm este potencial – Estados Unidos, Reino Unido e França.
“Acreditamos firmemente que é imprudente e irresponsável a forma como a Rússia está a falar de armas nucleares”, afirmou Stoltenberg, recordando que a Rússia assinou vários documentos concordando que a guerra nuclear não pode ser ganha e não deve ser travada.
Os Estados Unidos reforçaram recentemente o flanco oriental do território da NATO, com 5.000 tropas adicionais deslocadas para a Polónia e a Roménia.
Ambos os países fazem fronteira com a Ucrânia, que não faz parte da NATO.
Um contingente de tropas francesas viaja hoje para a Roménia para reforçar a região, indicou Stoltenberg.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.
A ONU deu conta de um milhão deslocados dentro da Ucrânia e mais de 660.000 refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.