"Américo Mathonsi e Michael Chauke foram condenados cada um a 23 anos de prisão por caça ilegal de rinocerontes, eles foram considerados culpados de matar dois rinocerontes, posse de armas ilegais, incluindo uma arma de caça de alto calibre", declarou o porta-voz do parque, Ike Phaahla, citado pela imprensa sul-africana.
"Estamos felizes que tenha sido feita justiça e esperamos que seja um sinal para aqueles que pretendem matar a nossa herança natural com a sua ganância", adiantou.
Segundo o porta-voz, as sentenças atribuídas pelo Tribunal Regional de Skukuza, província de Mpumalanga, que faz fronteira com Moçambique, incluem os crimes de invasão de propriedade do Parque Nacional Kruger, abate de rinoceronte, que é uma espécie protegida no país, posse de arma de fogo e munições ilegais e violação da lei de imigração sul-africana.
O tribunal sul-africano condenou os dois moçambicanos, de 59 e 57 anos respetivamente, em 24 de fevereiro, segundo o comando da Polícia Sul-Africana (SAPS) em Mpumalanga.
De acordo com a polícia, os caçadores ilegais moçambicanos foram detidos em maio de 2019, próximo do campo Satara, no Parque nacional Kruger.
"Os dois acusados faziam parte de um plano orquestrado para entrar no parque para matar e retirar chifres de rinocerontes", frisou o porta-voz provincial da SAPS, Donald Mdhluli.
O número de mortes de rinocerontes por caçadores furtivos na África do Sul, o país com o maior número desta espécie no mundo, aumentou 14,5% em 2021, em comparação com 2020, anunciou este mês o Governo de Pretória.
A África do Sul tem atualmente cerca de 20.000 rinocerontes, a maior reserva destes animais no mundo.
O Kruger é uma das maiores reservas naturais de África e onde vive a maior parte da população de rinocerontes da África do Sul e tem sido historicamente o cenário da grande maioria dos rinocerontes caçados.