A ex-diretora do lar Ana Serralha estava igualmente acusada, mas o Ministério Público solicitou a separação do processo, já que a também ex-deputada do PSD se encontra ausente em parte incerta.
Segundo a acusação, a ex-diretora do lar e as outras cinco funcionárias tiveram comportamentos "abusivos e lesivos" de vários utentes e faziam um uso abusivo de psicofármacos sem receita médica, para que os idosos "não dessem trabalho".
Os factos apontados pelo Ministério Público ocorreram entre 2009, ano em que o Lar de Idosos do Porto Moniz entrou em funcionamento, e o início de 2018, quando a direção foi suspensa, na sequência de um processo movido pela Segurança Social.
Ao longo dos anos, foram reportadas várias reclamações de familiares, o que motivou uma ação inspetiva e, depois, a apresentação de queixa no Ministério Público feita por parte do Governo Regional, em 2018.
Para além do uso abusivo de psicofármacos e dos maus-tratos, o Ministério Público aponta também que alguns utentes eram tratados por alcunhas depreciativas e considera que as arguidas atuaram de forma consciente, sabendo que estavam a prejudicar pessoas particularmente vulneráveis devido à idade avançada e doenças associadas.