Um jovem de 18 anos foi hoje detido pela Polícia Judiciária, que diz ter impedido assim uma "ação terrorista" e ter apreendido várias armas proibidas, anunciou a instituição.
Em comunicado com o título "Impedida ação terrorista", a PJ diz que a investigação que levou à detenção foi desencadeada "por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa".
Através da Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), a PJ encetou hoje a operação, cumprindo mandados de busca domiciliária.
"Face à gravidade das suspeitas, foi atribuída a máxima prioridade à investigação, a qual permitiria, no dia hoje, às primeiras horas do dia, interromper a atividade criminosa em curso", detalha.
Segundo a PJ, foram apreendidos "vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais".
Além de armas proibidas foram apreendidos outros artigos, "suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos" e vasta documentação, "além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear".
O arguido, detido em flagrante pela posse das armas, está também indiciado pela prática do crime de terrorismo. Será na sexta-feira presente a primeiro interrogatório judicial.
Fonte ligada ao processo disse à agência Lusa que o alerta para o atentado terrorista foi dado pelo FBI, unidade de polícia do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
A mesma fonte confirmou que o detido tem nacionalidade portuguesa e que o ataque estava previsto para esta sexta-feira.
No entanto, a fonte adiantou que seria um atentado a título individual e não teria por detrás a ação de um grupo.
Referiu ainda que relativamente a esta cooperação entre as polícias dos vários países no combate ao terrorismo tem levado os Estados Unidos, na sequência dos atentados do 11 de setembro de 2001, a "fazerem um varrimento regular transversal da ‘dark net’ e de ‘sites’ considerados perigosos, o que tem permitido antecipar atentados terroristas".