A Madeira foi a região que perdeu mais bandeiras azuis (seis) este ano, devido à aplicação de uma diretiva europeia sobre a qualidade da água balnear que alterou critérios, explicou hoje o presidente da Associação Bandeira Azul.
Em conferência de imprensa, José Archer enumerou terem saído da lista as praias da Calheta, Ponta do Sol, Ribeira Brava, Clube Naval, Barreirinha e Galo do Mar, enquanto Lido-Complexo Balnear e Roca Mar reentraram.
"Todas as saídas têm a ver com a transposição da diretiva europeia da qualidade da água balnear, que alterou os critérios ao abranger quatro anos de análises e a frequência diminuir em termos de amostragem", referiu o responsável.
O responsável explicou que as análises passaram de uma periodicidade quinzenal para mensal, o que significa cerca de cinco análises por ano balnear, pelo que um mau resultado tem maior peso nas novas contas.
Em vez de se ter em conta os resultados do ano anterior, passaram a ser avaliados os resultados das últimas 20 análises.
Por isso, "todas as praias na Madeira foram penalizadas, não por resultados do ano passado, mas de 2011", disse, acrescentando que, no arquipélago, algumas praias passaram a registar formalmente uma "água boa e não uma qualidade excelente".
"Continuam a ser praias com uma água com ótima qualidade, mas ficaram penalizadas pela transição da diretiva", porque deveriam ter realizado mais análises para manter a qualidade excelente.
Para 2015, o arquipélago somou 11 galardões para praias costeiras, em seis concelhos, tendo perdido as duas bandeiras que tinha em portos/marinas, ao saírem da lista as marinas do Funchal e da Quinta do Lorde.