O secretário da Economia e Turismo madeirense alertou hoje para os impactos da anunciada greve dos trabalhadores das empresas de segurança nos aeroportos, apelando à fixação dos serviços mínimos para evitar cancelamentos de voos para a região.
O Governo da Madeira "assumiu hoje uma posição oficial, junto do Governo da República e dos sindicatos, quanto ao anúncio de greve dos trabalhadores das empresas de segurança que servem os aeroportos, prevista para o período entre o Natal e o fim-de-ano, mais concretamente entre os dias 27 e 29 de dezembro", refere uma nota divulgada pela Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura.
O secretário regional, Eduardo Jesus, considera a paralisação "claramente desfavorável e prejudicial à salvaguarda dos interesses da Região, vindo causar um impacto altamente negativo que nada abona a favor da economia e presença externa" da Madeira.
Esta época é um dos principais cartazes turísticos da Madeira, havendo previsões de uma taxa de ocupação hoteleira no final do ano superior a 90%.
Na carta enviada ao Governo da República, a tutela indicou a necessidade de fixar serviços mínimos assim que possível, que no caso da Madeira devem "corresponder ao normal funcionamento da infraestrutura em causa".
Os trabalhadores dos aeroportos das empresas Prosegur e Securitas vão fazer greve a 27, 28 e 29 de dezembro por ainda não haver acordo sobre o novo Contrato Coletivo de Trabalho, anunciou no dia 7 o coordenador do SITAVA à Lusa.
Os trabalhadores querem que o novo Contrato Coletivo de Trabalho garanta um aumento salarial para os próximos dois anos, além de melhoria das condições de trabalho.
São estes trabalhadores quem assegura o raio-x da bagagem de mão e o controlo dos passageiros e também dos trabalhadores do aeroporto, pelo que uma greve poderá ter impacto no tráfego aeroportuário, sobretudo durante esta época festiva.
(Lusa)