O acesso aos centros comerciais, mercearias, farmácias, bares e outros estabelecimentos decorre normalmente, conforme a agência Lusa constatou em vários pontos do Funchal, situação que resulta do facto de o Governo Regional ter estipulado um período de adaptação às novas medidas de uma semana.
A resolução do executivo (PSD/CDS-PP) entrou em vigor às 00:00 de hoje e determina que os recintos públicos e privados da Região Autónoma da Madeira passam a ser acessíveis apenas com certificado de vacinação contra a covid-19 ou teste antigénio negativo.
A obrigatoriedade de apresentação de um dos dois documentos envolve a possibilidade de os cidadãos realizarem testes rápidos gratuitos de sete em sete dias (período durante o qual os resultados são considerados válidos).
Contudo, a partir das 00:00 do dia 27 (sábado da próxima semana) a apresentação de apenas um dos comprovativos (vacinação ou teste rápido) mantém-se apenas para aceder a supermercados e mercearias, transportes públicos, farmácias e clínicas, igrejas e outros locais de culto, e para realizar atos urgentes relativos à Justiça e recorrer a outros serviços essenciais.
Nessa data, passa a ser obrigatório apresentar tanto o certificado de vacinação como o comprovativo de teste para entrar em espaços desportivos, restaurantes, cabeleireiros, ginásios, bares e discotecas, eventos culturais, cinemas, atividades noturnas, jogos, casinos e outras atividades sociais similares.
As novas medidas de contenção da pandemia, que foram anunciadas na quinta-feira pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, originaram no dia seguinte enormes filas em torno das farmácias e dos postos de testagem.
Os centros de vacinação contra a covid-19 registaram também uma grande afluência, situação que se mantém hoje no principal centro de vacinação da Madeira, no Funchal, onde em apenas um dia – sexta-feira – foram vacinadas cerca de 700 pessoas com a primeira dose.
Apesar da elevada taxa de vacinação – cerca de 85% –, a Madeira tem registado, nas últimas semanas, uma média diária superior a 50 novos casos de infeção por SARS-CoV-2 e também um aumento do número de mortes associadas à doença covid-19, o que levou o executivo madeirense a determinar as novas medidas sanitárias.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, avisou na sexta-feira que, se as normas determinadas para conter a pandemia de covid-19 não forem cumpridas, a região entra em “colapso sanitário” e terá de “passar ao confinamento”.
De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional de Saúde, o arquipélago da Madeira, com cerca de 251 mil habitantes, regista 464 casos de covid-19 ativos, num total de 12.983 confirmados desde o início da pandemia, com 50 pessoas hospitalizadas, sete das quais em cuidados intensivos.
A região sinaliza também 86 óbitos associados à doença.