"O que acontecer em 2022 depende de nós, a possibilidade de assumir o controlo da transmissão está aí: podemos eliminar mortes, hospitalizações, mas temos que tomar decisões coletivas e individuais conscientes para isso", afirmou a líder técnica da resposta à Covid-19 na OMS, Maria Van Kerkhove, na videoconferência de imprensa regular da organização sobre a pandemia.
Segundo a epidemiologista, "a trajetória da pandemia está, como sempre esteve, nas mãos" das pessoas.
"[A pandemia] causou muita dor, raiva e frustração, mas necessitamos que estas emoções se transformem em ações para nos protegermos, a nós e aos outros", afirmou Maria Van Kerkhove, que se manifestou preocupada com o recrudescimento da Covid-19 na Europa, onde os contágios aumentaram 50% nas últimas quatro semanas.
Por sua vez, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, revelou-se preocupado com o facto de a pandemia continuar a causar mais de 50 mil mortes semanais no mundo, tendo na última semana estado na origem do aumento de 10% dos óbitos em 50 países.
"Isto não deveria estar a ocorrer, temos as ferramentas para evitar a transmissão [do vírus] e salvar vidas", disse.