“O certificado digital da UE é uma história de sucesso internacional, que estabeleceu um padrão global ao ser atualmente o único sistema em funcionamento a nível internacional. O certificado tem sido um elemento crucial na resposta da Europa à pandemia e já foram emitidos mais de 591 milhões”, revelou o porta-voz da Comissão Europeia para a área digital, Johannes Bahrke.
O anúncio foi feito na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, no dia em que o executivo comunitário publicou um relatório com um balanço relativo ao certificado digital comprovativo da testagem (negativa), vacinação ou recuperação do vírus SARS-CoV-2, que entrou em vigor na UE no início de julho.
Dados revelados no documento indicam que, entre 01 de julho e até 13 de outubro, Portugal emitiu perto de 7,6 milhões de certificados digitais, a maioria dos quais comprovativo de vacinação (quase 7,1 milhões), de teste PCR (81.387), de teste antigénio (178.954) e ainda de recuperação (227.940).
No conjunto da UE e Espaço Económico Europeu, foram então já emitidos 591 milhões de certificados desde julho, de vacinação (438 milhões), de teste PCR (60 milhões), de teste antigénio (84 milhões) e ainda de recuperação (10 milhões).
Na informação à imprensa, Johannes Bahrke indicou que este documento tem permitido “facilitar e apoiar a indústria do turismo”, falando desde logo de “um aumento de 25% das viagens aéreas em julho”.
Ao todo, 43 países estão já conectados ao sistema do certificado digital – que permite o seu reconhecimento -, incluindo a UE e outros 16 países ou territórios (como Albânia, Andorra, Suíça, Ilhas Faroe, Israel, Islândia, Liechtenstein, Marrocos, Mónaco, Macedónia do Norte, Noruega, Panamá, São Marino, Turquia, Ucrânia e Vaticano).
Acresce que 60 países terceiros já manifestaram interesse em aderir a este sistema, estando atualmente em curso discussões técnicas entre a UE com 27 países terceiros.
O relatório indica ainda que 20 Estados-membros da UE também utilizam o certificado para fins domésticos, tais como para o acesso a cinemas, ginásios, eventos ou museus.
Este ‘livre-trânsito’, que é gratuito, funciona de forma semelhante a um cartão de embarque para viagens, com um código QR para ser facilmente lido por dispositivos eletrónicos e na língua nacional do cidadão e em inglês.
Foi inicialmente criado para facilitar a livre circulação no espaço comunitário, mas países como Portugal e outros alargaram o seu uso para verificação em espaços sociais como eventos e estabelecimentos.