“O grupo etário dos indivíduos com 80 ou mais anos apresentou uma incidência cumulativa a 14 dias de 113 casos por 100 mil habitantes, que reflete um risco de infeção superior ao risco da população em geral, com tendência crescente”, adianta a análise de risco da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Este grupo etário tem, segundo os dados da DGS, a vacinação completa contra a covid-19 há várias semanas.
A incidência de novos casos mais elevada regista-se, porém, nas faixas etárias entre os 0 e os 9 anos e dos 20 aos 29 anos – ambas com 117 casos por 100 mil habitantes.
Segundo o relatório, a avaliação dos diversos indicadores revela uma atividade epidémica do vírus SARS-CoV-2 de “intensidade reduzida”, com tendência estável a nível nacional, o que se reflete num impacto reduzido da pressão sobre os serviços de saúde e da mortalidade por covid-19.
O número de doentes internados em unidades de cuidados intensivos no continente revelou também essa tendência estável, correspondendo a 22% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas, a mesma percentagem da semana anterior.
Na quarta-feira, estavam nestas unidades um total de 56 doentes.
No que diz respeito à mortalidade específica por covid-19, o relatório indica que está agora nos 9,2 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, o que revela um “impacto reduzido da pandemia” neste indicador, sendo inferior ao limiar de 20 mortes definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças.
O documento refere ainda que o número de novas infeções por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 84 casos, com tendência estável a nível nacional, enquanto o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus apresenta um valor igual ou superior a 1, indicando uma tendência estável a crescente da incidência.
A DGS e o INSA indicam ainda que a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 1,4%, igual à semana anterior, encontrando-se abaixo do limiar definido de 4%.
A variante Delta, originalmente associada à Índia, continua dominante em todas as regiões do país, com uma frequência relativa de 100% dos casos avaliados na semana entre 27 de setembro a 03 de outubro em Portugal, avança o relatório.
C/Lusa