De acordo com os dados da ENTSOG, o país tem agora 1,78 terawatt-hora (TWh) de energia armazenada, de um total de 3,57 TWh de capacidade.
A seguir a Portugal, os níveis mais baixos de armazenamento de gás registam-se na Áustria (53,25%), na Holanda (58,39%) e na Alemanha (67,96%), abaixo da média europeia de cerca de 75%.
Em termos de volumes absolutos de armazenamento de gás, os maiores estão localizados em Itália, Alemanha, França e Holanda.
No início desde mês, a capacidade total de armazenamento subterrâneo de gás na UE de era de 831 TWh, valor que compara com 1.053 TWh no mês período de 2020.
“Em comparação com os anos anteriores, a Alemanha, os Holanda e a Áustria têm um baixo nível de armazenamento”, aponta a ENTSOG, indicando que estes três países, que representam 42% da capacidade acumulada do armazenamento europeu (470 TWh), registaram “um reforço limitado durante o verão”.
Ainda assim, “a infraestrutura de gás da UE tem estado totalmente operacional e em funcionamento”, salvaguarda esta rede europeia.
O organismo ressalva ainda que estes níveis poderão aumentar no decorrer do mês de outubro, uma vez que a época de reforço do armazenamento geralmente continua em alguns países até 01 de novembro.
A conclusão surge numa altura de escalada de preços no mercado do gás devido à maior dependência das importações e à maior procura, cenário que ameaça exacerbar a pobreza energética e causar dificuldades no pagamento das contas de aquecimento neste inverno.
Os atuais níveis de armazenamento de gás na UE estão ligeiramente acima dos 75%, percentagem que ainda assim é mais baixa do que a média dos últimos 10 anos, que ronda os 90%.
Nem todos os Estados-membros têm instalações de armazenamento de gás e os que têm utilizam-nas de forma diferente.
Na quarta-feira, numa comunicação sobre os preços da energia, a Comissão Europeia instou os Estados-membros da UE a analisarem “potenciais benefícios” de uma aquisição conjunta voluntária de reservas de gás, em altura de crise energética.
No documento, Bruxelas indicou que irá “explorar os possíveis benefícios da aquisição conjunta de reservas de gás por entidades regulamentadas ou autoridades nacionais para permitir o agrupamento de forças e a criação de reservas estratégicas”.
Além desta ação, a instituição quer “adotar em breve um ato delegado que crie novos grupos de risco de gás regionais transfronteiriços”, de acordo com a comunicação.
Em dezembro próximo, o executivo comunitário irá apresentar um pacote de iniciativas sobre o setor energético, admitindo intervir relativamente à aquisição e ao armazenamento de gás, de forma a reforçar as reservas da UE.