Segundo os dados fornecidos à DREM pela Direção Regional do Trabalho e da Ação Inspetiva (DRTAI), ocorreram 3 778 acidentes de trabalho na Região Autónoma da Madeira (RAM) em 2019, mais 6,6% (+233 acidentes) do que em 2018. Daqueles acidentes, há a registar 2 mortais, mais 1 que no ano anterior.
Os sectores do “Alojamento, restauração e similares” e da “Construção” concentraram o maior número de acidentes (19,0% do total em ambos os setores), seguidos do sector do “Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos”, com 14,2%. O sector “Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória” foi o que registou, em valor absoluto, a maior diminuição, menos 58 acidentes (-27,6% que em 2018). De referir que os acidentes neste sector corresponderam a apenas 4,0% do total.
Por sexo e grupos etários, observa-se que, em 2019, a maioria dos acidentes ocorreu com homens (69,2%) e nas pessoas com 35 e 54 anos de idade (54,8%). Nos grupos profissionais, os “Trabalhadores dos resíduos e de outros serviços elementares” (437 acidentes; 11,6%) e “Trabalhadores qualificados da construção e similares, exceto eletricista” (421 acidentes; 11,1%) foram os que registaram maior número de sinistrados.
No que respeita ao tipo de local do acidente, 21,6% dos acidentes ocorreram em “Zona industrial” (816 acidentes) e 16,2% em “Local de atividade terciária, escritório, entretenimento, diversos” (613 acidentes). A origem da maioria dos acidentes foi o “Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico” (26,0% do total de acidentes).
Os principais acontecimentos geradores diretos da lesão dos sinistrados foram “Constrangimento físico do corpo, constrangimento psíquico” (22,9%) e “Esmagamento em movimento vertical ou horizontal sobre/contra objeto imóvel” (15,2%).
Quanto às consequências dos acidentes, constata-se que as “Feridas e lesões superficiais” e as “Deslocações, entorses e distensões” foram as lesões que mais se evidenciaram, cujo peso no total, em 2019, fixou-se em 44,7% e 39,2%, respetivamente. Mais de metade dos acidentes atingiram as “Extremidades superiores” ou as “Extremidades inferiores” (34,6% e 26,2%, pela mesma ordem).
Relativamente ao número de dias de ausência do trabalho, é de referir que 30,6% dos acidentes não mortais não implicaram qualquer ausência ao trabalho. Entre os restantes, destaca-se o intervalo de 7 a 13 dias de ausência para 17,5% do total de acidentes não mortais. O maior número de dias de trabalho perdidos por motivo de acidente de trabalho ocorreu no sector da “Construção” (20 659 dias, 20,7% do total de dias perdidos).