“Na TAP, todos os membros da minha equipa já arregaçaram as mangas para trabalhar”, afirmou Christine Ourmières-Widener, perante os deputados da Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social, onde está a ser ouvida esta tarde.
Trata-se do primeiro ato público de Christine Ourmières-Widener, que assumiu o cargo em 25 de junho, substituindo Ramiro Sequeira, que assumiu a presidência executiva interinamente depois da saída de Antonoaldo Neves.
A engenheira aeronáutica francesa de 56 anos tem em mãos a tarefa de executar o plano de reestruturação da companhia aérea, proposto à Comissão Europeia em dezembro do ano passado, mas que ainda não recebeu ‘luz verde’.
Christine Ourmières-Widener admitiu que a procura por viagens aéreas estagnou a tal ponto, devido à pandemia de covid-19, que é difícil compreender a extensão dos danos e quanto tempo demorará a recuperação.
“As repercussões na TAP têm um efeito sistémico. […] Não me cansarei de repetir que a TAP era o garante de circulação estimada em mais de 3 biliões de euros na economia portuguesa”, acrescentou a responsável, lembrando que, em 2019, a TAP comprou cerca de 1.000 milhões de euros a mais de 1.000 empresas nacionais.
A presidente executiva recordou ainda que, antes da crise da provocada pela pandemia, a companhia aérea “contribuía de forma significativa para o desenvolvimento do setor do turismo”, ajudando também para a redução da balança comercial.
No entanto, devido às restrições à mobilidade adotadas para conter a propagação do coronavírus, a transportadora registou, em 2020, cerca de menos 12 milhões de passageiros, o que corresponde a uma descida de mais de 70%, comparativamente a 2019.