“No dia de ontem (quinta-feira), recebemos uma carta da parte do diretor técnico José Peseiro a rescindir o seu contrato”, disse Jorge Giménez, durante uma conferência de imprensa transmitida pelo Youtube.
Jorge Giménez começou a explicar que a FVF está em um processo de reestruturação interna, com dificuldades financeiras que geram algum descontentamento e que em setembro será alvo de uma auditoria por parte da FIFA e da Confederação de Futebol da América do Sul (Conmebol).
“Há descontentamento de pessoas que deram o seu trabalho e a cara por este país, sem nenhum tipo de mesquinhez, mais bem comprometidos com a seleção e com o país, como é o caso de José Peseiro, a quem todo o país tem que estar agradecido por tudo o que tem feito por nós, porque tem vivido momentos difíceis, durante os quais se manteve firme, dando a cara pela seleção e pelo país (Venezuela), mas tudo tem um limite”, sublinhou.
Segundo o dirigente, a FVF falou com Peseiro e tentou explicar que para os venezuelanos era bastante difícil entender essa posição, até porque há uma janela tripla de apuramento para o Mundial do Qatar2022, com jogos com a Argentina, em 02 de setembro, Peru, em 05 de setembro, e Paraguai, em 09 de setembro.
O contrato de Peseiro estipula que o técnico apenas pode receber dinheiro na sua conta em euros, dentro dos limites da FVF, mas aquela federação tem passado por um processo longo relacionado com a atualização de assinaturas da nova direção, dificultado pelas restrições impostas pela pandemia da covid-19.
Segundo a imprensa venezuelana, a FVF deve um ano de trabalho ao treinador português.
José Peseiro foi confirmado como selecionador nacional da ‘la Vinotinto’ em 04 de fevereiro de 2020, em substituição do venezuelano Rafael Dudamel.