Segundo os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, no final do 2.º trimestre de 2021 o saldo do volume de empréstimos concedidos a sociedades não financeiras era de 2,0 mil milhões de euros, mais 112,5 milhões de euros que no final de junho de 2020 e mais 22,3 milhões que em março de 2021.
O rácio de crédito vencido deste tipo de sociedades diminuiu 1,4 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior, fixando-se nos 2,2% no final do período de referência, sendo que comparativamente ao trimestre homólogo, houve uma redução de 3,5 p.p..
Note-se ainda que este rácio é o mais baixo desde abril de 2009.
A nível nacional, o rácio de crédito vencido também decresceu 0,4 p.p. face ao trimestre anterior e 1,2 p.p. em termos homólogos, não ultrapassando os 2,9% no final do 2.º trimestre de 2021.
É de salientar que a última vez que o rácio regional ficou abaixo do nacional foi em fevereiro de 2014.
O montante de crédito malparado no âmbito das sociedades não financeiras com sede na Região situava-se, no período em referência, nos 43,3 milhões de euros (-28,0 milhões de euros que em março passado e -63,0 milhões de euros face a junho do ano anterior).
A percentagem de devedores do sector das SNF com empréstimos vencidos no final de junho de 2021 era de 14,7%, sendo que este indicador mantém-se abaixo da média nacional (15,5%) desde julho de 2020. Contudo, em junho de 2020, o diferencial entre a Região e o país era de 0,6 p.p. (desfavorável à RAM).
No sector das famílias e das Instituições sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF) assistiu-se a um aumento de 28,4 milhões de euros em termos homólogos no saldo dos empréstimos concedidos, cifrando-se o saldo dos empréstimos a este sector institucional, em junho de 2021, nos 3,2 mil milhões de euros.
Quando comparado o saldo do final do 2.º trimestre de 2021 com o do trimestre precedente observa-se igualmente um aumento de cerca de 14,2 milhões de euros. 66,5% daquele saldo era referente ao segmento da “habitação” e os 33,5% restantes ao “consumo e outros fins”.
Relativamente aos empréstimos vencidos no segmento da habitação, os mesmos não ultrapassavam os 15,4 milhões de euros, representando um rácio de empréstimos vencidos de 0,7%, um mínimo histórico face à serie disponível, que se inicia em março de 2009.
Esta percentagem está ligeiramente acima do valor nacional (0,6%).
Entre junho de 2020 e junho de 2021, o rácio de empréstimos vencidos de “habitação” reduziu-se em 0,1 pontos percentuais na Região.
O número de devedores do sector institucional famílias e ISFLSF decresceu face ao trimestre anterior para os 99,6 mil, sendo que estavam contabilizados, no 2.º trimestre de 2021, cerca de 44,1 mil devedores com crédito à “habitação” e 82,8 mil com crédito para “consumo e outros fins”.