De acordo com o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, citado pela agência France-Presse (AFP), trata-se da maior vaga de calor em 30 anos.
Os incêndios florestais já causaram dois mortos e três feridos graves na Grécia e oito mortos na Turquia, onde a maior parte dos fogos já se encontram controlados.
Hoje, o principal problema enfrentado na região localiza-se na montanhosa ilha grega de Eubeia, a segunda maior do país, onde cerca de 500 bombeiros prosseguem o combate aos fogos no norte.
Entre os bombeiros envolvidos no combate encontram-se cerca de 200 vindos da Ucrânia e da Roménia, reforçados por sete aviões e helicópteros, de acordo com os serviços de incêndios gregos.
No entanto, o vice-governador da ilha localizada a norte de Atenas, Giorgos Kelaitzidis, estimou que "as forças não são suficientes" e que "a situação é crítica" atualmente.
Segundo o responsável político, pelo menos 35 mil hectares e centenas de casas já arderam, num incêndio que conta com uma frente principal de cerca de 30 quilómetros.
Segundo a AFP, cerca de dois mil habitantes de Eubeia já foram evacuados e realojoados em hotéis, estando ainda ‘ferrys’ e navios militares em alerta para o caso de serem necessárias novas evacuações.
Cerca de 350 habitantes da ilha foram recuperados numa praia no domingo.
Já na península do Peloponeso, no sul da Grécia continental, as principais frentes nas regiões de Mani, Ilia e Messénia continuavam hoje ativas, tendo já obrigado a evacuações.
De acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS, na sigla em inglês), mais de 56 mil hectares já arderam nos últimos dez dias na Grécia.
Entre 2008 e 2020, num igual período de tempo, arderam, em média, 1.700 hectares em território grego.