“Temos de construir a consciência. Têm o mundo à vossa frente. Um horizonte aberto para se desenvolver como seres humanos e como profissionais de saúde. Foram treinados para trazer alívio, amor e saúde ao povo humilde da Venezuela, e não podem falhar (…) não tem o direito de falhar”, declarou.
Nicolás Maduro falava no Teatro da Academia Militar do Exército, em Caracas, onde presidiu à cerimónia de graduação de 3.276 novos profissionais da saúde, formados pela Universidade de Ciência e Saúde Hugo Rafael Chávez Frías, em áreas como medicina integral comunitária, enfermagem, fisioterapia e terapia ocupacional, entre outras.
“Se tivermos de viver tempos difíceis, como já vivemos, vamos viver unidos. Se tivermos de passar por sacrifícios, passaremos por eles com consciência e honra bolivariana. E quando chegar o tempo da prosperidade, que já vem, viveremos unidos no tempo de desfrutar, da prosperidade, do crescimento, dos direitos económicos e dos direitos sociais para todos”, acrescentou.
Maduro recomendou aos novos profissionais da saúde que "não se deixem convencer e confundir" para deixarem o país para Espanha ou Chile e contou ter recebido uma carta de uma médica venezuelana, emigrada há um mês para o Chile, onde recebe um salário melhor, mas arrependida da decisão.
"Disse-lhe que se quiser regressar, o plano [programa estatal] de Regresso à Pátria está disponível e ela disse-me para a inscrever", adiantou.
"O nosso povo precisa de vocês. A ‘Missão Barrio Adentro’ [programa estatal de cuidados médicos] é a maior coisa que foi feita em 200 anos da República pela saúde do povo”, disse Maduro.
Durante anos, aquele programa tem sido desenvolvido por cubanos, contando já com a participação de “254 mil profissionais”, adiantou.
“Pouco a pouco, com a graduação de profissionais venezuelanos, temos vindo a nivelar as coisas. O grande objetivo é que a ‘Missão Barrio Adentro’ fique progressivamente nas mãos dos venezuelanos, com apoio e assessoria cubano”, disse.
Nicolás Maduro elogiou o trabalho dos médicos cubanos na Venezuela, que tem sido “verdadeiramente de fora deste mundo, em amor, dedicação e na disciplina com que tratam as pessoas”, e no “conhecimento, na capacidade científica de cuidar, de curar, de tratar”.
O Presidente da Venezuela anunciou ainda que vão ser atribuídos cargos aos novos profissionais da saúde venezuelanos, para que sejam trabalhadores fixos do Estado venezuelano.