A onda de calor coincide com as férias de verão.
No porto de Pireu, em Atenas, formaram-se hoje longas filas de passageiros que esperaram sob um sol escaldante o controlo dos certificados de covid-19 para poderem realizar o embarque com destino às ilhas de destino.
De acordo com o Serviço Meteorológico Nacional, a onda de calor deve-se a uma massa de ar quente que vai percorrer o território grego da costa oeste ao litoral leste.
Os meteorologistas preveem que durante a próxima semana as temperaturas vão permanecer muito elevadas.
A previsão indica que durante a noite as temperaturas mínimas vão ser também muito elevadas, superiores a 30 graus.
O diretor do Serviço Meteorológico Nacional, Theodoris Kolydas, qualificou a situação como "perigosa" sublinhando que se espera "um pico" relativo a temperaturas altas nas próximas segunda-feira e terça-feira com uma descida lenta que vai prolongar-se até ao final da próxima semana.
Perante as previsões sobre o aumento das temperaturas, várias autarquias puseram em funcionamento salas climatizadas abertas durante todo o dia para proteção dos grupos de pessoas mais vulneráveis.
A Associação dos Médicos de Atenas instou os cidadãos a beberem muita água, evitarem bebidas alcoólicas e que se refresquem com frequência.
A associação apelou à população para evitar os transportes durante as horas de muito calor, especialmente no centro de Atenas devido à poluição.
Durante uma conferência de imprensa, o ministro da Proteção Civil, Mijalis Jrisojoidis pediu à população para evitar qualquer atividade suscetível de provocar incêndios.
O ministro alertou também sobre a necessidade de poupança da água potável e do consumo de eletricidade.
Na Grécia, os cortes de eletricidade e de abastecimento de água potável são frequentes quando se registam ondas de calor.
No verão de 1987, uma onda de calor semelhante prolongou-se durante 11 dias e provocou a morte a cerca de três mil pessoas, 2.300 das quais em Atenas.