Na nota difundida, o presidente da autarquia, Miguel Silva Gouveia, refere que entrou em contacto com o presidente da Câmara de Leichlingen, Frank Steffes, “para disponibilizar todo o apoio e solidariedade por parte do Funchal à cidade irmã, na sequência das grandes inundações que têm assolado algumas cidades da Alemanha”.
“Ao abrigo da nossa amizade, disponibilizamos qualquer tipo de apoio que fosse necessário, tal e qual o que aconteceu em 1993 aquando da aluvião que destruiu a baixa do Funchal”, escreve o responsável do principal município da Madeira da autarquia.
O autarca recorda que o Funchal teve “uma grande proximidade das corporações de bombeiros de Leichlingen.
Por isso, adianta, o Funchal “não podia também deixar de se associar e expressar a maior solidariedade para com todos os cidadãos daquela cidade, uma das irmãs mais antigas do município”.
Miguel Silva Gouveia indicou que o seu homólogo daquela cidade alemã lhe transmitiu que a “situação está controlada, com várias corporações de bombeiros e autoridades da Proteção Civil no terreno a tentar resolver e a repor a normalidade, que ainda assim não foi das mais afetadas”.
O presidente da Câmara do Funchal acrescenta que também lhe apontou que os prejuízos são “avultados” e que rondam os “10 milhões de euros”.
O Funchal e Leichlingen são cidades geminadas desde 1996 e têm desenvolvido, desde então, uma relação de grande proximidade, cooperando ao longo dos anos nas mais diversas áreas, da Cultura à Proteção Civil.
"Ao longo dos últimos anos, tem havido uma grande proximidade entre as duas cidades, com projetos em comum desde a implementação de programas de intercâmbio para estudantes e seniores, apostando em novos agentes de coesão entre as duas comunidades”, exemplificou.
Miguel Silva Gouveia indica que existem “laços sociais e interculturais que têm sido estabelecidos ao longo dos últimos anos, com uma vasta troca de experiências produtivas e educadoras, enquadrada numa visão global de entreajuda.
Pelo menos 153 pessoas morreram na Europa na sequência das fortes chuvadas e inundações que estão a fustigar uma parte da Europa Central.
Segundo informações atualizadas, 90 pessoas perderam a vida durante a catástrofe na região da Renânia-Palatinado, uma das mais afetadas.
As autoridades admitem que possa haver mais mortos, uma vez que ainda há dezenas de pessoas desaparecidas nessas duas regiões, em especial numa localidade próxima de Colónia, onde um grande deslizamento de terras derrubou vários edifícios.
Este número soma-se às 43 mortes contabilizadas na Renânia do Norte-Vestefália, outra região alemã fortemente atingida pelas inundações, e às 20 mortes registadas na Bélgica, onde há outras 20 pessoas desaparecidas.
Na Bélgica, o Governo decretou que na próxima terça-feira será dia de luto nacional.
Além da Bélgica e da Alemanha, as chuvas e as consequentes cheias causaram graves danos materiais na Holanda, no Luxemburgo e na Suíça.