No relatório mensal sobre o mercado petrolífero hoje divulgado em Viena, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) explica que estas estimativas se baseiam em "boas expectativas para o crescimento económico mundial" e os objetivos alcançados para conter a pandemia.
Assim, confirmando a previsão anterior, a OPEP afirma que a procura deverá crescer este ano em seis milhões de barris por dia para uma média de 96,6 milhões de barris por dia.
Para 2022, a OPEP espera um novo aumento, de 3,3 milhões de barris por dia, para cerca de 99,86 milhões de barris por dia, com a marca dos 100 milhões de barris a ser superada durante o segundo semestre do ano.
A organização espera que este ‘boom’ seja impulsionado por países não-OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico), com a China e a Índia a excederem os seus níveis de consumo anteriores à pandemia, tanto para combustíveis para transportes como para necessidades industriais (petroquímicas).
Do lado da oferta, a OPEP espera que a produção dos países produtores não membros da OPEP cresça 2,1 milhões de barris por dia em 2022, provenientes dos EUA, Canadá, Noruega e Brasil.
Contudo, a OPEP afirma que o investimento destes países não OPEP "a montante", na extração e exploração, não deverá crescer significativamente, pelo menos não tanto como em 2013, observa o relatório.
Quanto à produção de petróleo dos 13 países da OPEP, a organização afirma que esta aumentou em junho em 590.000 barris por dia face a maio, para cerca de 26,03 milhões de barris por dia, segundo fontes secundárias (indiretas) citadas no relatório.
No segundo trimestre, a produção de petróleo da OPEP foi em média de 25,5 milhões de barris por dia, menos 1,6 milhões que a procura, de acordo com fontes indiretas.
Para 2021, as previsões da procura de petróleo da OPEP apontam para 27,7 milhões de barris por dia, mais cinco milhões de barris por dia que em 2020.
Para 2022, esta procura será de 28,7 milhões de barris por dia.
Depois de reduzir a produção no ano passado para sustentar os preços do petróleo durante a crise, a OPEP está agora determinada a abrir as torneiras.
Mas no início de julho, os 13 membros da organização e os seus 10 aliados (OPEP+) separaram-se sem chegarem a acordo sobre os seus níveis de produção a partir de agosto.
As negociações têm vindo a decorrer nos bastidores desde então, com os mercados a vigiarem de perto.