Após hora e meia de atraso devido às condições meteorológicas, o avião espacial da Virgin descolou perto das 08:40 (15:40 em Lisboa), com cinco funcionários da companhia aérea e o respetivo fundador, o empresário e filantropo britânico Richard Branson.
O VSS Unity está assente numa aeronave de fuselagem dupla e desprendeu-se da nave-mãe a uma altitude de oito milhas (13 quilómetros), disparando o seu motor de foguete e perfurando a borda entre a atmosfera e o espaço a 55 milhas (88 quilómetros), para garantir uma sensação de microgravidade e uma vista privilegiada sobre o planeta.
Depois de cerca de quatro minutos acima da superfície terrestre, onde a tripulação alcançou a gravidade zero, o avião espacial começou a viagem de regresso e culminou uma viagem histórica na base SpacePort América cerca das 09:40 (16:40 em Lisboa).
“É um lindo dia para ir para o espaço”, escreveu na rede social Twitter Richard Branson, de 70 anos, que viveu a aventura mais ousada face ao desejo antigo de voar no espaço, publicando ainda uma foto com o colega bilionário e rival do turismo espacial Elon Musk.
O fundador da Virgin esteve para não realizar este voo até ao final do verão, mas trocou de ideias assim que o bilionário Jeff Bezos, fundador da gigante tecnológica Amazon, programou embarcar na primeira viagem ao espaço da Blue Origin em 20 de julho, coincidindo com o 52.º aniversário da chegada de Neil Armstrong e Buzz Aldrin à Lua.
O lançamento do foguetão VSS Unity foi, para a empresa, a quarta missão tripulada além da atmosfera terrestre, mas a primeira com passageiros, pretendendo aumentar a confiança no negócio de turismo espacial da Virgin, determinada a começar as viagens comerciais em 2022.
A companhia foi autorizada pelo regulador de segurança aérea dos Estados Unidos a levar pessoas ao espaço numa viagem curta, para cima e para baixo, ao invés dos voos tradicionais, em que os astronautas circulam pela Terra e flutuam no espaço por dias.