Desde o triunfo no Campeonato do Mundo de 1966, no antigo Wembley, a Inglaterra perdeu nas meias-finais de cinco competições: EURO ’68 e ’96, Mundial de 1990 e 2018, e UEFA Nations League de 2019. No entanto, derrotou Alemanha, Ucrânia e Dinamarca para ter a oportunidade de colocar um ponto final num logo jejum de 55 anos.

O único título da Itália no EURO aconteceu como anfitriã, em 1968. 

Perdeu a final em 2000 e em 2012, embora após esse título europeu tenha juntado duas vitórias no Campeonato do Mundo ao seu palmarés de quatro. 

Os "azzurri" derrotaram a Espanha nos penáltis, na terça-feira, e mesmo que isso, tecnicamente, tenha interrompido a sua sequência de 13 vitórias consecutivas (e 15 seguidas no EURO, incluindo a qualificação, registo recorde), a equipa mantém a invencibilidade há 33 jogos. Uma reviravolta notável para uma equipa que, ao contrário de Inglaterra, presente nas meias-finais do Mundial de 2018, nem sequer se apurou para esse torneio. 

No entanto, ficar de fora do Mundial anterior não impediu Checoslováquia (1976), Dinamarca (1992) ou Grécia (2004) de se sagrarem campeões europeus.

Roberto Mancini, seleccionador da Itália: "Temos trabalhado para isto durante muitos anos, pelo que estamos muito felizes e apenas posso agradecer aos jogadores por aquilo que fizeram até agora. Ainda não vencemos nada e vamos ter de ganhar no domingo para a nossa campanha ser um sucesso. 

A Inglaterra vai ter um estádio inteiro a apoiá-la. Vai-nos caber a nós colocá-los sob pressão. Uma final é um pouco diferente dos outros jogos e vamos ter de jogar com foco, mas também com alegria. Só é possível vencer uma final se levarmos alegria para o relvado ."

Giorgio Chiellini, capitão da Itália: "Precisamos de ter o coração forte e a cabeça limpa. Vai haver momentos em que precisaremos de ser corajosos e outros em que precisaremos de ser flexíveis. Não se pode entrar num jogo a pensar que se vai controlá-lo durante 90 minutos. É uma final de sonho e é preciso estar atento aos detalhes para ganhá-la. Os jogos como estes podem não aparecer novamente para mim na minha carreira de jogador – é especial fazer parte disso. Estamos cientes de como este jogo é importante. A despreocupação e um pouco de loucura trouxeram-nos até aqui e vamos precisar delas se quisermos ganhar esta taça."

Gareth Southgate, seleccionador de Inglaterra: "A realidade em qualquer equipa é que nunca voltará a contar com os mesmos. Aconteça o que acontecer, esta selecção deixa um grande legado, mas agora é tudo sobre ganhar ou perder o título, e não há muitas oportunidades como esta na carreira. Temos de aproveitar e dar o máximo para ganhar. Em 2018, no Mundial, se calhar não estávamos à espera de chegar às meias-finais, mas agora, se não ganharmos o título, vamos ficar muito desiludidos."

Jordan Henderson, médio de Inglaterra: "Estamos totalmente concentrados em domingo, naquele que será o jogo mais importante da nossa vida. Mais uma vez temos de tentar fazer todos felizes neste estádio e neste país. É uma grande oportunidade para nós, como selecção, como país, e daremos o nosso máximo para ter sucesso."

Harry Kane, avançado da Inglaterra: "Acreditamos muito na equipa. Temos muita força, mas muito pode acontecer numa final e temos de garantir que estamos do lado certo. Temos derrubado barreiras ao longo do caminho. Começámos este torneio com o objectivo de vencê-lo. Temos essa oportunidade amanhã à noite. Ver os adeptos na rua como têm estado, ver a recepção que tivemos quando entrámos no hotel aqui e quando saímos de St George’s Park mostra quão grande é a ocasião."