O peso histórico das duas seleções é muito diferente e pende para o lado transalpino, com a Itália a ser quatro vezes campeã mundial (1934, 1938, 1982 e 2006) e uma vez europeia (1968), enquanto Inglaterra tem um único título mundial, em 1966.
Para a equipa dos ‘três leões’, existe a semelhança, tal como aconteceu em 1966, de o país receber a competição – pelo menos em boa parte -, num Europeu que decorreu em 11 cidades de 11 países e no qual a equipa inglesa só falhou um jogo em Londres, nos quartos de final.
Tal como no Mundial em 1966, o palco da final de hoje do Euro2020 é o Estádio de Wembley, com restrições devido à pandemia da covid-19, mas prevendo-se que os quase 60.000 espetadores estejam a favor de Inglaterra.
Essa é a grande vantagem da equipa de Gareth Southgate, que chega a esta final depois de vencer o grupo D, em que derrotou a vice-campeã mundial Croácia (1-0) e a República Checa (1-0), e empatou com a Escócia (0-0), vencendo, já na fase a eliminar, a Alemanha (2-0), a Ucrânia (4-0) e a Dinamarca (2-1), esta última no prolongamento.
A Itália brilhou ainda na fase de grupos, com triunfos perante a Turquia (3-0), Suíça (3-0) e País de Gales (1-0), e, depois, ainda afastou Áustria (2-1, após prolongamento), Bélgica (2-1) e Espanha (1-1, com 4-2 no desempate por grandes penalidades).
Os ingleses têm uma oportunidade de ouro de fazer regressar ‘o futebol a casa’, como têm defendido ao longo do torneio os seus adeptos, e a Itália espera o seu bicampeonato, repetindo 1968, e não os desaires de 2000 e 2012.
As duas seleções, que entre si disputaram 27 jogos (10 vitórias transalpinas, nove empates e oito triunfos ingleses), nunca se encontraram numa final e defrontaram-se pela última vez num particular em 2018, precisamente, em Wembley, que terminou empatado 1-1.
Em competições oficiais, o último encontro data de 2014, na fase de grupos do Mundial do Brasil, num duelo que os italianos venceram por 2-1, mas com as duas equipas a falharem o apuramento para os oitavos de final da competição.
O jogo de hoje, com início às 20:00, tem arbitragem do holandês Bjorn Kuipers, e o vencedor sucede a Portugal, campeão europeu em 2016, e nesta edição do Europeu eliminado nos oitavos de final pela Bélgica, por 1-0.