Javid, que em 26 de junho substituiu o demissionário Matt Hancock – saiu por ter quebrado as normas de saneamento ao beijar uma assessora -, disse, num artigo no "The Daily Mail", que "há razões de saúde" para eliminar os limites introduzidos pela pandemia.
“Estamos a caminho de 19 de julho [quando o executivo planeia completar a desaceleração do confinamento imposto em janeiro passado], mas devemos ser honestos com as pessoas sobre o facto de que não podemos eliminar a covid-19”, escreveu o ministro, citado pela Efe.
Javid, que anteriormente dirigiu as pastas da Economia e do Interior, entre outros ministérios, explicou que o seu primeiro trabalho na pasta da Saúde é "restaurar as liberdades e aprender a conviver com a covid-19".
O ministro da Habitação, Robert Jenrick, também afirmou hoje, em várias entrevistas, que o governo do primeiro-ministro Boris Johnson planeia levantar todas as restantes restrições até 19 de julho, incluindo o uso de máscara, e deixará as práticas de segurança sanitária nas mãos da "responsabilidade individual" dos cidadãos.
Enquanto o Governo abre caminho para uma possível reabertura total da sociedade – com mudanças também previstas nas viagens internacionais, onde a quarentena poderia ser eliminada para os vacinados – os médicos alertam que algumas medidas de proteção devem ser mantidas para preservar o setor de saúde.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.957.862 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.112 pessoas e foram registados 887.047 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.