"Em Portugal, esse debate está ultrapassado. Estamos todos reconciliados com o euro e espero que estejamos todos reconciliados com a ideia de que a austeridade não é o caminho a seguir", reagiu o líder do executivo português.
Também para reforçar a sua tese, António Costa alegou que "a resposta que a União Europeia está a dar nesta crise provocada pela Covid-19 demonstra bem que é possível termos uma recuperação sã, sem recurso à austeridade".
"Há seis anos uns diziam-nos que para nos mantermos no euro tínhamos de seguir a austeridade e outros diziam-nos que se rompêssemos a austeridade tínhamos de sair do euro. Conseguimos demonstrar que é possível estar no euro, ter regras de finanças públicas sãs, e ter capacidade de investimento e boas políticas sociais", disse.
António Costa referiu ainda que o atual Governo "tem demonstrado como é possível compatibilizar finanças públicas sãs com uma política social forte, com um aumento significativo do investimento público, em particular em áreas fundamentais para o reforço do Serviço Nacional de Saúde, da educação, da ciência e para o combate às alterações climáticas".
"Antes da crise provocada pela Covid-19, conseguimos chegar a ter o primeiro excedente orçamental da história da nossa democracia. Conseguimos fazer isso virando a página da austeridade", reforçou.
Um ponto em que o vice-chanceler alemão pegou para "elogiar o percurso económico e financeiro de Portugal nos últimos anos".
"Foi mesmo uma história de sucesso, quer do lado orçamental, quer dos lados do investimento e da coesão social", declarou o Olaf Scholz, também Ministro das Finanças da Alemanha.