Pedro Siza Vieira reuniu-se hoje, em Ponta Delgada, com o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, tendo ambos assinado um memorando de entendimento que, na prática, permite à região autónoma aderir ao BPF, entrando no seu capital social.
O titular da pasta da Economia referiu que o executivo açoriano “já solicitou ao BPF que pudesse assegurar uma linha específica dirigida à região, inicialmente de 150 milhões de euros, para ser reforçada até 200 milhões”, o que “demonstra que o banco já está ao serviço das empresas regionais”.
Pedro Siza Vieira disse que foi estabelecido, neste memorando, que “todos os recursos nacionais que o banco tem à sua disposição serão colocados também à disposição da região e das suas empresas”.
Vão também ser avaliadas “as melhores condições de assegurar que a região possa vir a participar num aumento de capital do banco e ter assim um envolvimento mais próximo na sua gestão”.
Na sequência da apresentação, na sexta-feira, do Plano Reativar o Turismo|Construir o Futuro, que prevê um investimento de 6.112 milhões de euros no setor turístico português, Pedro Siza Vieira afirmou que “faz sentido que também os órgãos da região possam participar neste movimento”.
Pedro Siza Vieira anunciou que no âmbito da promoção externa do país, e enquadrado no “reforço das acessibilidades aéreas, que é um programa nacional, financiado pelo Turismo de Portugal, com verbas nacionais, os Açores têm vindo a beneficiar bastante, e no plano de relançamento do turismo contempla-se um reforço dessa verba”.
O presidente do Governo dos Açores considerou que o seu executivo é “parceiro do Governo da República em Portugal, e no contexto enquanto Estado-membro da União Europeia, para, em sinergia, desenvolver a economia no país”.
O governante salvaguardou que Portugal tem, “naturalmente, o seu potencial no território continental mas também nesta projeção atlântica que são os Açores e que se pretende potenciar”.
“Em vez de estarmos de costas voltadas estamos a caminhar juntos para potenciar o desenvolvimento do país e dos Açores”, frisou Bolieiro.