Na base deste resultado negativo estão as restrições impostas às viagens no setor da aviação devido à pandemia de covid-19, que provocaram uma queda de 81% na faturação da companhia de baixo custo, para um montante de 1.640 milhões de euros, refere a transportadora aérea em comunicado enviado à bolsa de valores de Londres.
A crise de sanitária também atingiu fortemente o tráfego de passageiros, que recuou para 27,5 milhões, uma queda de 81% face ao ano fiscal de 2019-2020.
A Ryanair considerou que o exercício anterior foi “o mais difícil” nos seus 35 anos de existência, devido ao “colapso no tráfego de clientes” que se deu “praticamente da noite para o dia”, depois de “muitos governos, quase sem aviso prévio ou coordenação” terem “imposto” proibições aos voos, levado acabo restrições às viagens e realizado confinamentos nacionais.
Antecipando este novo ano fiscal, a companhia prevê vir a transportar entre 80 a 120 milhões de passageiros, apesar de no primeiro trimestre deste ano ter apenas registado um tráfego da ordem dos cinco a seis milhões de pessoas.
Neste contexto de incertezas, a Ryanair alerta que é “impossível” fazer uma previsão “normal” para os resultados anuais, embora se mostre confiante em que poderá aproximar-se do limiar de rentabilidade “se o processo de vacinação na União Europeia continuar a avançar”.
O presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, disse num vídeo introdutório na apresentação dos resultados que o recente aumento nas reservas de voos sugere que “a recuperação começou”.
As reservas de bilhetes semanais, passaram de 500.000 no início de abril para os atuais 1,5 milhões, frisou o gestor.
C/Lusa