“A inflação mensal, registada no mês de abril de 2021 foi de 33,4%, a acumulada (desde janeiro) de 240,5% e a anual (12 meses) de 2.840,5%”, explica o Índice de Preços ao Consumidor do OVF.
Durante uma conferência de imprensa em Caracas, o porta-voz do OVF, Alfonso Marquina, apontou como razão para a alta inflação no país “a expansão monetária, a irresponsabilidade do mal manejo das finanças públicas de parte do Governo de Nicolás Maduro e do seu Banco Central”.
“Longe de preocupar-se por manter o valor da moeda venezuelana, o que tem servido é para financiar o défice orçamental do regime”, frisou.
Segundo Marquina na Venezuela houve “um aumento da liquidez monetária de 36%, que impulsou [a subida] do preço do dólar em 42%”.
“Em março a emissão de dinheiro foi baixa, pois tinha sido cobrado o Imposto sobre os Rendimentos (ISLR – IRS) e havia bolívares, por isso o governo não acudiu ao Banco Central da Venezuela para financiamento monetário”, disse.
Por outro, lado explicou que o preço do cabaz básico alimentar local é equivalente a 289 dólares (quase 240 euros) mensais.
Segundo o OVF os serviços em geral registaram um aumento de 43,9%, com um aumento significativo do custo de televisão por assinatura e produtos de higiene pessoal.
Por outro lado, os bens e serviços diversos, aumentaram 38,7%, os alimentos e bebidas não alcoólicas 38%, os equipamentos para o lar 36,9%, as comunicações 33%, saúde 32,6%, educação 32,3%, lazer 31,8%, o vestuário e calçado 31,3%, restaurantes e hotéis (31,3%), transporte 30,6%, o aluguer de casas 30,5% e as bebidas alcoólicas e o tabaco 30,3%.