A AIP aponta ainda que 15% dos inquiridos rejeita "totalmente o trabalho remoto”, depois de um inquérito que teve lugar na última semana de abril e que contou com 1.632 respostas, lê-se num comunicado hoje divulgado.
De acordo com a associação, outra das conclusões é que “87% das empresas recusam qualquer aumento de impostos para financiar o impacto que a pandemia está a provocar nas contas públicas” e 13% acreditam “que, a existir esse esforço fiscal, deveria recair nas grandes empresas digitais”.
Por outro lado, 77% das empresas concordam com a continuidade dos diferimentos de quotizações e contribuições em termos fiscais.
As respostas das empresas à AIP apontam também a “manutenção das moratórias, apoio à retoma progressiva e prorrogação do pagamento de impostos” como merecendo “a exigência de 78%, 97% e 77% das empresas nacionais”, respetivamente, o que, de acordo com a associação, “demonstra que o tecido empresarial ainda não saiu da fase de resiliência”.
Paralelamente, 95% concordam com a continuidade do ‘lay-off’ simplificado para as empresas sujeitas ao dever de encerramento por decisão do Governo, enquanto 97% estão de acordo com a continuação do apoio extraordinário à retoma progressiva da atividade em sociedades em situação de crise.
De entre as empresas inquiridas, 87% não despediu e 90% não prevê despedir no curto prazo, adiantou a AIP.
Com os resultados do inquérito, a AIP concluiu ainda que “neste momento é escasso o apoio financeiro às empresas”, garantindo que “as poucas linhas existentes têm taxas de reprovação e/ou não decisão muito elevadas”.