Segundo adianta a Polícia Judiciária (PJ), o homem detido, de 40 anos, está indiciado de pertencer a uma estrutura criminosa organizada internacional que utiliza operacionais na Europa para o branqueamento de capitais provenientes do cibercrime.
Submetido a primeiro interrogatório judicial, ficou a aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva
A investigação surgiu após a PJ ter sido alertada para a existência de um cidadão estrangeiro que durante o mês de abril efetuou a abertura de sete contas bancárias, recorrendo a diferentes identidades.
A intervenção da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ, em articulação com a sua Unidade de Informação Financeira e o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, permitiu "localizar e deter em flagrante delito", no interior da instituição bancária o suspeito na posse de um passaporte falsificado, com o qual iria efetivar a abertura de uma conta bancária.
A realização de busca domiciliária seguida à detenção permitiu – prossegue a PJ – apreender mais cinco passaportes falsos, diversa documentação contrafeita que indicia o arguido da abertura em Portugal de 50 contas bancárias, em sete entidades bancárias, a constituição de duas sociedades comerciais e a abertura de duas contas bancárias em país estrangeiro no espaço europeu, com recurso à utilização de 11 identidades falsas.
"Inicialmente foi contabilizada a passagem de 200.000 euros por apenas quatro contas bancárias, desconhecendo-se por "ora o valor total resultante da atividade criminosa", conclui a PJ, que continua a investigar o caso.