O Comité Consultivo sobre Práticas de Imunização do CDC vai reunir-se na quarta-feira para discutir os casos e o FDA também lançou uma investigação.
“Até à conclusão do processo, recomendamos que seja feita, por prevenção, uma pausa no uso desta vacina”, defendeu a diretora-adjunta do CDC, Anne Schuchat, e o diretor do centro do FDA para Avaliação e Pesquisa Biológica, Peter Marks, em comunicado conjunto hoje divulgado.
Mais de 6,8 milhões de doses da vacina Johnson & Johnson (J&J) foram já administradas nos Estados Unidos.
As primeiras 30 mil doses da vacina desta farmacêutica chegam a Portugal na quarta-feira, sendo esperado que o país receba, ainda durante o segundo trimestre deste ano, 1,25 milhões de doses, do total de 4,5 milhões de doses que o país deverá ter disponíveis ao longo de 2021.
A Comissão Europeia acordou a compra de 200 milhões de doses este ano, com uma opção mais 200 milhões de doses, tendo a farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson, começado a fazer as entregas na segunda-feira.
No sábado passado, a FDA garantiu que não tinha sido estabelecida qualquer relação de causalidade entre a formação de coágulos sanguíneos e a vacina da Johnson&Johnson.
“A FDA está ao corrente de informações nos Estados Unidos sobre eventos tromboembólicos graves, associados a um baixo nível de plaquetas no sangue, que ocorreram em algumas pessoas depois de receberem a vacina contra a covid-19 da Janssen”, afirmou o regulador norte-americano em comunicado.
“Neste momento, não encontrámos ligação de causalidade com a vacinação”, referiu nesse dia, acrescentando que iria continuar a acompanhar a evolução daqueles casos.
Também a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou na sexta-feira que estava a investigar ligações entre esta vacina e casos de coágulos sanguíneos.
“Um caso ocorreu durante um ensaio clínico e três casos surgiram no quadro da vacinação nos Estados Unidos. Um deles foi fatal”, acrescentou a EMA.
A vacina da Johnson & Johnson foi autorizada no final de fevereiro, após as da Pfizer/BioNTech e da Moderna.
O regulador europeu aprovou também a vacina Johnson & Johnson e o início da administração nos países da União Europeia estava previsto para este mês.
Esta vacina distingue-se das restantes aprovadas pelo regulador europeu por ser de toma única e poder ser armazenada durante três meses num frigorífico comum.