"Temos 11 mil recenseadores a distribuir cartas por toda a população e, em boa verdade, já estão a fazer mais que isso, porque já estão a fazer parte do recenseamento da habitação. Uma das novidades nestes Censos é que há uma associação entre a carta recebida com o código e o alojamento que a recebe", explicou o presidente do INE numa sessão de apresentação, onde também marcou presença a Polícia de Segurança Pública (PSP).
Os cidadãos que não tiverem a possibilidade de responder ao Censos 2021 à distância ou necessitarem de apoio podem dirigir-se com a carta do INE aos E-balcões das juntas de freguesia para o fazer ou, "em última instância", aguardar pelos questionários em papel, que serão entregues a partir de 31 de maio diretamente pelos recenseadores, cumprindo protocolos de segurança em saúde pública.
Para evitar burlas, o intendente da PSP Nuno Carocha frisou os sinais aos quais a população deve estar atenta: os recenseadores têm um colete refletor amarelo, estão identificados como colaboradores do INE e, "em nenhum momento, solicitam qualquer valor monetário ou a entrada no domicílio".
Os cidadãos que tiverem dúvidas quando forem abordados devem estar atentos a estas formas de identificação dos recenseadores e, se necessário, contactar a PSP que "vai estar muito disponível para apoiar a população", garantiu o intendente.
A PSP garantiu também que pessoas de risco já estão referenciadas e vão ser apoiadas na operação censitária 2021.
No Censos anterior, em 2011, "registaram-se casos de burlas pontuais, menos de uma dezena de situações, nenhuma concretizada, e em que foi fundamental a população estar informada sobre a identificação dos recenseadores e alertar-nos de imediato assim que foram registas tentativas de aproveitamento indevido. É precisamente o objetivo que pretendemos também atingir agora em 2021", concluiu Nuno Carocha.
A fase de resposta inicia-se a 19 de abril, momento em que os cidadãos devem preencher os Censos "preferencialmente pela internet" através do ‘site’ – https://censos2021.ine.pt/, mas também o podem fazer através do telefone – 21 054 20 21, que além de ser uma linha de apoio permite, pela primeira vez, responder aos Censos, segundo o presidente do INE.
A expectativa do INE é de que não vai ser necessário aplicar coimas por falta de respostas, porque não há historial com essa situação, no entanto caso venham a ser aplicadas poderão ir até aos 25 mil euros.
O INE prevê que a recolha de dados do Censos 2021 fique completa no fim de junho e em agosto sejam lançados os primeiros resultados.