Itália contabilizou 417 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas e a pressão hospitalar aumentou, enquanto 12.916 novas infeções foram registadas, menos em comparação com os últimos dias devido a menos testes realizados, segundo o Ministério da Saúde.
Quanto as restrições para evitar a propagação do vírus, a partir de hoje 10 regiões italianas estão na zona "vermelha", aquela com maiores restrições, e assim vão continuar para os três dias festivos da Semana Santa, 3, 4 e 5 de abril, quando todo o país estará em confinamento.
A indústria hoteleira italiana está indignada devido à confirmação da permissão de realizar viagens ao exterior durante essa semana, enquanto o país está praticamente confinado com as atividades encerradas e a proibição de circulação entre regiões.
"Não posso sair da minha cidade, mas posso voar para as ilhas Canárias. É um absurdo que 85% dos hotéis italianos se vejam obrigados a permanecerem encerrados", indicou Bernabò Bocca, presidente da Federalberghi, a associação que reúne os hoteleiros do país, numa entrevista hoje ao jornal Corriere della Sera.
Enquanto aguardam que a estratégia de vacinação se traduza numa desaceleração da epidemia, a sua constatação é clara: sem medidas mais restritivas, só terão a opção de transferir pacientes para regiões menos afetadas, abrir novas camas de reanimação ou selecionar os doentes que podem cuidar.
A taxa de incidência em sete dias chegou aos 362 casos por cada 100 mil habitantes, muito acima do nível de alerta de 50.
A Alemanha vai exigir, a partir da meia-noite, um teste negativo à covid-19 para quem entre no país através da via aérea, enquanto a chanceler, Angela Merkel, defende a restrição de movimentos internos e estuda como os ministros-presidentes das regiões implementam consistentemente as medidas acordadas.
A obrigatoriedade do teste foi introduzida como resposta às muitas reservas em Maiorca, Espanha, quando as ilhas Baleares deixaram de ser consideradas como zona de risco e tem como objetivo garantir que os viajantes regressem saudáveis ao país, segundo o comissário para o Turismo do governo alemão, Thomas Bareiss.
Entre estas novas ferramentas, destacou o "travão de emergência" a ser aplicado a nível regional quando a incidência semanal ultrapassar os 100 novos casos por cada 100 mil habitantes: recolher obrigatório, redução de contactos e teletrabalho, que está a ser utilizado menos do que o desejado.
A incidência cumulativa na Alemanha continua a aumentar e é agora de 134,3 novos casos por 100 mil habitantes, com cerca de 211.500 casos ativos.
A Espanha prolongou até 30 de abril a restrição temporária de viagens não essenciais de países terceiros para a União Europeia e países associados ao espaço europeu Schengen.
As redes de saúde de todo o mundo já administraram 536 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, mas a distribuição continua bastante desigual, com três em cada quatro doses concentradas nos 10 países mais ricos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, recordou que a embora a vacinação já tenha começado em 177 nações, ainda não arrancou em 36 países, e que o fato de 76% das doses inoculadas se concentrar em 10 países é prejudicial para toda a comunidade internacional.