Na sua mensagem com o título "esperança da Páscoa", os bispos portugueses referem que "a celebração anual da Páscoa do Senhor é o dia por excelência da passagem à vida nova, a festa das festas cristãs".
Embora, pelo segundo ano consecutivo, o anúncio pascal chegue em tempo de crise pandémica, que desterra a paz e a felicidade, os bispos consideram que da Quaresma à Páscoa é uma grande peregrinação de Esperança.
"Apesar desta situação dolorosa, não deixemos que se extinga a esperança da Páscoa! Sem ela a vida torna-se árida, insuportável, sem sentido. Cristo ressuscitado e glorioso é a fonte profunda da nossa esperança viva", adiantam.
Os bispos referem ainda que continuam a partilhar a dor das famílias que perderam os seus entes queridos, assim como a angústia dos que perderam ou viram substancialmente reduzidos os seus rendimentos necessários a uma vida condigna.
Neste período a CEP destaca a renovação da sua gratidão "pela heroicidade e dedicação à dignidade da vida humana: aos profissionais de saúde e de segurança, aos voluntários e a todas pessoas que fazem avançar a história da humanidade nos serviços essenciais e quotidianos ao bem comum".
"É nos gestos de amor, de partilha, de serviço, de encontro, de fraternidade, que encontramos Jesus Cristo vivo, a transformar e a renovar o mundo", salientam.
Na sua mensagem, os bispos referem ainda que o mundo inteiro se prepara para sair desta pandemia "que nunca ninguém pensou que pudesse ter tantas e tão graves consequências para a humanidade".
No entendimento dos bispos portugueses a crise deve ser entendida como um desafio à coragem criativa e à confiança crente.
"Desta crise temos de sair melhores. A todos os irmãos e irmãs, especialmente aos presbíteros, aos diáconos, às pessoas consagradas e às famílias cristãs, encorajamos a renovar as promessas batismais para prosseguirem nos caminhos da reconciliação e da conversão", acrescentam.