Na abertura de uma conferência virtual sobre o reforço do papel da União Europeia (UE) na saúde global, organizada no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE, Marta Temido abordou as lições que pandemia de covid-19 trouxe, nomeadamente que "a saúde não conhece fronteiras".
"Portanto, a diplomacia da saúde não é uma opção dos Estados. Em vez disso, é uma necessidade compartilhada. Os desafios da saúde global transcendem fronteiras e também as clássicas divisões norte-sul, este-oeste, expondo as limitações das abordagens segmentadas", assinalou.
A ministra apontou ainda à necessidade de "estratégias mais inclusivas, abrangentes e coordenadas para enfrentar os novos desafios" e, ao mesmo tempo, a importância da "solidariedade global" no combate às ameaças à saúde pública global.
Daí o facto de "nenhum Estado estar seguro até que todos estejam seguros" e, nesse sentido, "a UE esteve e continuará empenhada" no objetivo da solidariedade além-fronteiras, reforçando "a influência fortalecedora da União na saúde global e também na diplomacia da saúde", apontou.
Marta Temido assegurou ainda que o Conselho da UE, a que Portugal preside até junho, assume um "compromisso claro" com vista a reforçar um "multilateralismo eficaz", tendo em conta que a saúde atravessa várias áreas, como a "política externa", o "desenvolvimento", a "segurança", a "agricultura", o "meio ambiente" ou a "proteção civil".